domingo, 24 de agosto de 2008

Fecha conta....


Pequim - União gastou, em quatro anos, R$ 692 milhões
O judoca Eduardo Santos não tinha R$ 1,5 mil para trocar de faixa, enquanto a Confederação de Judô recebeu R$ 10,86 milhões do COB, pela Lei Piva, e do patrocínio da Infraero
César Cielo comemora o "menos" brasileiro dos nossos ouros: preparação de excelência com técnico australiano paga por universidade americana
No país onde a política esportiva fica sempre em último, o esporte olímpico teve mais sucesso em abrir o baú do Tesouro Nacional do que em garimpar o ouro em Pequim. Nunca houve tanto dinheiro público injetado na preparação em um ciclo olímpico.
Nos últimos quatro anos, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e as confederações receberam R$ 692,58 milhões de patrocínio de empresas estatais e dos recursos da Lei Piva. Bem mais que o dobro das verbas destinadas ao ciclo de Atenas-2004, no qual foram gastos cerca de R$ 280 milhões e conquistados cinco ouros, na melhor campanha da História. O negócio da China custou caro à União: cada medalha, exceto as do futebol, já que a CBF não recebe dinheiro público, saiu a R$ 53 milhões.
Na mala dos dirigentes que foram a Pequim, a expectativa de bater a marca de cinco ouros de Atenas e de 15 medalhas de Atlanta-1996 era inflada pelo fato de este ter sido o primeiro ciclo olímpico completo beneficiado pela Lei Piva, que assegura 2% das loterias federais para o esporte olímpico. De 2004 a 2008, os cofres do COB e das confederações foram irrigados com R$ 300,04 milhões.
Com mais R$ 371,66 milhões das estatais; R$ 10,4 milhões gastos na Casa Brasil; R$ 5,2 milhões captados pelas confederações de Boxe e Tênis de Mesa pela Lei de Incentivo ao Esporte; R$ 4,5 milhões de verba direta do Ministério para o COB investir apenas em alto rendimento; e R$ 780 mil do Bolsa-Atleta para esportistas que foram a Pequim, chega-se ao total investido diretamente pela União nos Jogos. Texto: Blog do Noblat

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