Não foi surpresa nenhuma em razão da desqualificação daqueles que se dizem “representantes do povo” e que na realidade somente representam os seus interesses e de alguns poucos da “turma”.
Sinto somente uma grande vergonha de ser brasileiro e imaginar que país será esse para os meus filhos e netos??
Como pelas urnas jamais mudaremos nada pois não fazemos as regras do jogo..só nos resta o Anarquismo Geral..já que na classe política isso já impera de longa data.
Nessa data lamentável publico aqui o Poema que eu recebi do amigo Fredson Aguiar http://www.orabodaporca.blogspot.com/ e aproveito para agradecer ao amigo e também dizer que nunca na história desse país um poema veio tanto a calhar.
“Fossa Brasilis”
I
Bom Cassiano (que podia ser Ricardo –
Um modernista que supera gases nobres)
O recangalho de marmita, em buchos pobres,
Cria um bolo nuclear no próprio cardo.
Merda por Merda, Cassiano, a do Congresso
Escoa pública às narinas altaneiras –
Filhos da pátria encastelados nas palmeiras,
Que cheiram, contrariadamente, o retrocesso.
Eu mesmo cheiro e sei de merda muito bem,
Como tu sabes – merda em prazo ou à vista,
Entrega rápida o Planalto envia além.
Então, resistas à merda própria mais adunca,
Porque o lazer do brasileiro é ser esportista
E o brasileiro não desiste nunca.
II
A merda no Brasil não vem sozinha;
Com ela vem tributos caros e agregados,
Mais uns impostos calipígios melecados
E mil toletes emPACotados na cozinha.
O cara encontra no seu lar uma tragédia:
A fossa velha estuporou, fundiu o cano;
Até o carro da Avon não sabe o dano;
E já o Rex faz da merda uma comédia.
Enfim, a escala do fedor atinge o máximo
E aquele pobre que atura merda ao boga,
Encara (é o jeito) com humor o peido flácido.
Essa é a dura profissão do brasileiro:
Sorrir, enquanto a merda alheia lhe afoga;
E se banhar, pra esconder o próprio cheiro.
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