segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Arqueologia....


Depois de quase 50 anos no poder, o líder cubano Fidel Castro renunciou nesta terça-feira aos cargos de presidente e comandante das Forças Armadas de Cuba. Em um artigo publicado no jornal do Partido Comunista, "Granma", ele afirmou que não vai mais voltar ao poder. Seu irmão Raúl Castro , que assumiu o cargo após o afastamento de Fidel, em julho de 2006, continuará na Presidência até que a Assembléia Nacional eleita em janeiro escolha o sucessor oficial de Fidel. Os deputados terão 45 dias para anunciar a decisão, embora a permanência de Raúl seja o mais provável, segundo analistas. Texto: Blog do Noblat

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Jornalismo amestrado....


Não há ideologia que justifique
Por mais que rosnem os jornalistas amestrados, roubo é roubo.
Eu ainda acredito, como diz o Millôr, que imprensa é oposição, o resto, armazém de secos e molhados (para quem chegou ontem: pequena loja de bairro, precursora dos supermercados). Acho o jornalismo uma das mais nobres profissões, sobretudo em sua filosofia básica; o mesmo eu poderia dizer da filosofia da profissão médica, por exemplo, embora, numa e noutra profissão, muitos nem percebam a glória do que fazem, tornando-se indignos da "missão" que exercem. Pode ser efeito colateral do joelho quebrado, pode ser ataque de saudosismo, mas o fato é que já vivi um tempo em que o, digamos, “ecossistema”, me dava mais alegrias. É claro que havia, como sempre houve, jornalistas a favor – há quem diga a soldo -- do governo. Bajular os poderosos dá lucro, quando não prestígio, que tantos perseguem.Mas as águas de então estavam bem divididas: eles eram “eles”, nós éramos “nós”. Havia um inimigo comum. Além do que, e não é pouco!, tínhamos menos de 30 anos, às vezes pouco mais de 20. “Eles” tinham colunas e empregos públicos, candidatavam-se, enveredavam pela política sem constrangimento. “Nós” acreditávamos, sem duvidar, que o papel da imprensa era combater a ditadura, e que, derrotada esta, estariam derrotadas também a corrupção e a impunidade. Ganhávamos pouco, às vezes ridiculamente pouco. Não chegávamos, como a Amélia, a achar bonito não ter o que comer -- mas não faltava muito para isso.Até que, um dia, apareceu um agrupamento político chamado PT, e o meio de campo começou a embolar. Isso não ficou claro à primeira vista, pelo menos não para aqueles de nós que ou éramos mais ingênuos, ou já não andávamos diretamente envolvidos em política. Eu me enquadrava nas duas categorias, e ia em frente. Mas minha ficha caiu quando, um dia, voltando de uma feira de tecnologia, com a jaqueta enfeitada com lindos pins e buttons de sistemas operacionais e de chips, levei um dedo no nariz de uma estagiária do JB que, até então, me parecera boa pessoa:-- Por que não está usando o button do PT?!Levei um susto. Aquele gesto e aquela voz autoritária podiam ter saído de qualquer zona histórica "alienígena", sinistra. -- Exatamente por causa disso, -- respondi, mas acho que ela não entendeu. Eu, porém, entendi. Não havia mais "nós" e "eles". Havia patrulha e rancor, também entre "nós". Não havia mais o bom combate ou o livre pensar; havia apenas uma ideologia, como todas muito cômoda, construída com bloquinhos de lugares comuns que não exigiam grande raciocínio de ninguém. Ai de quem não compactuasse.
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Quando Lula ganhou as eleições, achei que o mundo das redações voltaria à normalidade. Poder é poder. Imaginar que existe poder "de esquerda" é de uma ingenuidade que não combina com o cinismo e a desconfiança que, em tese, andam de mãos dadas com o jornalismo. Mas, obviamente, maior ingenuidade ainda é supor que quem se ajeita a uma bitola ideológica, por interesse ou por idealismo, guarda alguma capacidade de pensar por conta própria. Sobretudo quando a tal bitola começa a se mostrar lucrativa.
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Já me prometi mil vezes não falar mais nisso e esquecer que hay gobierno soy contra, até porque o governo não está nem aí para o que nós, imbecis também conhecidos como contribuintes, achamos ou deixamos de achar. Quando o sangue me ferve nas veias (vale dizer todos os dias, quando pego o jornal), brinco de faz-de-conta: tento acompanhar o noticiário como se morasse em outra galáxia. O diabo é que há coisas que não há Star Trek que resolva. Agora mesmo, não sei o que me deixa mais perplexa e indignada na farra dos cartões corporativos, se o roubo descarado do nosso dinheiro, ou o contorcionismo mental de colegas, que já considerei gente de boa reflexão, tentando defender essa nojeira. Os argumentos são espantosos. Aquela ex-ministra racista, que acha tão normal negros odiarem brancos, está, obviamente, sendo vítima de pessoas que não a conhecem; ora, se até o Zé Dirceu já garantiu que ela não agiu por má-fé! Roubou sem querer, a coitada, e a Grande Imprensa, branca e machista, lá, nos seus calcanhares. O outro comprou uma tapioca de míseros oito reais, e a Grande Imprensa, uivam os jornalistas amestrados, dá o fato em manchete. Como se o que estivesse em discussão não fosse o como, mas o quanto. Para não falar na eterna ladainha do governo, repetida como um press-release que, a essa altura, sequer tem o benefício da novidade: “na época do FhC era a mesma coisa”. Mas, perdão: não foi para isso que a atual corja foi eleita?! Para mudar tudo o que estava errado?! Para implantar um sentido ético no trato da coisa pública?!
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O pior é que tanto faz quanto tanto fez. Enquanto o nosso dinheiro paga qualquer leviandade protegido pelo manto putrefato da “Segurança Nacional”, enquanto jornalistas arrastam a profissão na lama defendendo a corrupção, os poderosos, às nossas costas, se entendem. As famiglias ficarão a salvo.
“Eles” venceram.
Cora Rónai (O Globo, Segundo Caderno, 14.2.2008)
http://cora.blogspot.com


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O Portal está fechando.....


Cartão - Lula quer seus gastos fora da internet. O Brasil 'não tem sigilo demais, tem de menos', protesta Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer que o Portal da Transparência divulgue as despesas com cartão corporativo feitas por seguranças que prestam serviços ao Planalto e a sua família. Na reunião da coordenação política do governo, realizada ontem, Lula criticou a Controladoria-Geral da União (CGU) por exibir no portal gastos de funcionários destacados para proteger seus filhos. Mais: disse que o governo não ficará acuado pela oposição nem aceitará que o foco da CPI dos Cartões seja familiar. Sob a alegação de que é preciso preservar as instituições, Lula pediu à CGU que monte equipe para fazer uma “varredura” das informações que entram no site. Afirmou não se tratar de censura, mas, sim, de cautela. “Não tem sigilo demais. Tem de menos”, disse o presidente. “Nós fizemos um Portal da Transparência e pusemos tudo lá, mas é preciso cuidado.” (O Estado de S. Paulo)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Subterrâneos do poder...


O cartão corporativo do governo federal bancou a reforma de uma mesa de sinuca no Ministério das Comunicações. A reforma custou R$ 1.400 e foi paga no cartão de Francisco Risomá de Medeiros e Silva, do departamento de manutenção do ministério, em junho do ano passado. O decreto que criou os cartões corporativos diz que eles só podem ser usados para gastos emergenciais. A mesa foi reformada na loja DF Sinuca, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, e está instalada em uma sala na garagem do edifício sede do ministério. A mesa é usada para recreação dos funcionários. Ontem, a Folha esteve duas vezes na sala de sinuca. A mesa usada por funcionários é maior do que modelos em que são usadas fichas em bares. Há um quadro para marcar os resultados das partidas e poltronas para que se possa assistir às disputas. Na primeira visita da reportagem, alguns funcionários disputavam uma partida. Na segunda, quando foram feitas fotos, não havia jogadores. Na saída da equipe da Folha, um funcionário disse que a mesa estava "famosa". Por meio de nota, a assessoria de imprensa do ministério informou que foi aberta investigação para apurar a responsabilidade do funcionário que autorizou o serviço. (Humberto Medina - Folha)

Caminhos do Brasil....


Vem pra caixa você também. VEM!!!


Caixa Preta: Mais gastos sigilosos com cartão....
O governo pretende ampliar a relação de gastos considerados sigilosos, pagos com seu cartão corporativo, e que não podem ser divulgados em detalhes ao público para evitar prejuízos à segurança do presidente. A decisão, anunciada nesta quarta-feira por ministros do governo, foi tomada após a divulgação, na imprensa, da relação de gastos de seguranças da presidência em São Bernardo do Campo e Florianópolis, cidades onde residem parentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. - Vou falar uma coisa que acho séria: nós, o Brasil, estamos evoluindo num processo de estabilidade política. Não acredito que a CPI queira abrir esses gastos. O Congresso não vai querer abrir os gastos da segurança do presidente da República - disse a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil. (O Globo Online)(Noblat)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Casa da Mãe Joana...


CGU só revela despesas de 68 dos 150 cartões da Presidência
82 servidores que trabalham no Palácio do Planalto tiveram gastos omitidos pelo Portal da Transparência. A Presidência da República tem pelo menos 150 cartões corporativos, conforme levantamento obtido pelo Estado. Juntos, os titulares desses cartões gastaram no ano passado R$ 6,2 milhões. Do grupo, apenas 68 servidores tiveram suas despesas divulgadas no Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU) na internet. Ou seja, cerca de 80 funcionários ligados à Presidência realizaram despesas que foram omitidas no site. Folha de S.Paulo
Os servidores cujos nomes e despesas não são divulgados no portal gastaram, conforme o levantamento, R$ 5,3 milhões ao longo de 2007, sendo que R$ 1,4 milhão foi sacado em espécie. Estadão
Pelo menos dois seguranças da equipe que protege a família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo (ABC paulista) gastaram nos últimos três anos R$ 149,2 mil com cartões de crédito corporativos do governo, informa reportagem publicada na Folha nesta terça-feira e assinada por Leila Suwwan e Silvio Navarro. Folha de S.Paulo
Texto: Blog do Noblat

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

E o palhaço que paga a conta é você....


Emparedado pelo noticiário, o governo decidiu fazer por pressão o que não fizera por obrigação. Montou-se em Brasília, a toque de caixa, uma operação para tentar arrancar a gestão Lula do córner em que se encontra desde que começaram a pipocar nas páginas dos jornais e revistas notícias sobre as malfeitorias escondidas nas dobras dos extratos dos cartões de crédito corporativos. (Blog do Josias de Souza)