Diálogo exemplar desse período estranho
O Palácio do Planalto foi palco, ontem, de um diálogo no mínimo bizarro. Uma jornalista perguntou a Lula:
- O que o senhor acha da conversa de Gilberto Carvalho com o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalg?
Lula respondeu o que virou a frase do dia deste blog:
- Se você ligar para mim, quem vai atender vai ser o Gilberto Carvalho. Peça a Deus para seu telefone não estar sendo gravado, senão vai aparecer sua conversa.
Greenhalg é advogado do banqueiro Daniel Dantas, acusado de lavagem de dinheiro, remessa ilegal de dinheiro para o exterior, tráfico de influência e tentativa de suborno de um delegado da Polícia Federal.
Carvalho é o chefe de gabinete de Lula, amigo de Greenhalg de longa data. Greenhalg telefonou para Carvalho querendo saber se um executivo do banco de Dantas era alvo de monitoramento policial. Carvalho consultou suas fontes e disse a Greenhalg o que ele queria saber.
Como servidor público, Carvalho advogou em favor de interesse privado - essa é a questão. E a ela implicitamente se referia a jornalista ao perguntar a Lula o que ele achou da conversa entre Carvalho e Greenhalg gravada pela Polícia Federal com autorização da Justiça.
A resposta dada por ele não tem pé nem cabeça. Serve, porém, para ilustrar o período estranho que vivemos.
Ou não é estranho que um banqueiro seja preso e solto duas vezes em menos de 72 horas?
Não é estranho que um delegado seja afastado da chefia da operação policial que resultou na prisão do banqueiro?
Não é estranho que o ministro da Justiça insista em afirmar que o delegado pediu para sair?
Não é estranho que o presidente da República determine a recondução do delegado ao cargo?
E não é estranho que a direção da Polícia Federal anuncie logo em seguida o nome do substituto dele?
É tudo estranho. Muito estranho.
O Palácio do Planalto foi palco, ontem, de um diálogo no mínimo bizarro. Uma jornalista perguntou a Lula:
- O que o senhor acha da conversa de Gilberto Carvalho com o ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalg?
Lula respondeu o que virou a frase do dia deste blog:
- Se você ligar para mim, quem vai atender vai ser o Gilberto Carvalho. Peça a Deus para seu telefone não estar sendo gravado, senão vai aparecer sua conversa.
Greenhalg é advogado do banqueiro Daniel Dantas, acusado de lavagem de dinheiro, remessa ilegal de dinheiro para o exterior, tráfico de influência e tentativa de suborno de um delegado da Polícia Federal.
Carvalho é o chefe de gabinete de Lula, amigo de Greenhalg de longa data. Greenhalg telefonou para Carvalho querendo saber se um executivo do banco de Dantas era alvo de monitoramento policial. Carvalho consultou suas fontes e disse a Greenhalg o que ele queria saber.
Como servidor público, Carvalho advogou em favor de interesse privado - essa é a questão. E a ela implicitamente se referia a jornalista ao perguntar a Lula o que ele achou da conversa entre Carvalho e Greenhalg gravada pela Polícia Federal com autorização da Justiça.
A resposta dada por ele não tem pé nem cabeça. Serve, porém, para ilustrar o período estranho que vivemos.
Ou não é estranho que um banqueiro seja preso e solto duas vezes em menos de 72 horas?
Não é estranho que um delegado seja afastado da chefia da operação policial que resultou na prisão do banqueiro?
Não é estranho que o ministro da Justiça insista em afirmar que o delegado pediu para sair?
Não é estranho que o presidente da República determine a recondução do delegado ao cargo?
E não é estranho que a direção da Polícia Federal anuncie logo em seguida o nome do substituto dele?
É tudo estranho. Muito estranho.
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